Roderick David Stewart ou simplesmente Rod Stewart é um dos artistas mais ricos da Grã-Bretanha. Ambicionando ser um roqueiro desde os 15 anos, decidiu se dedicar ao projeto seriamente dois anos depois após uma frustrada tentativa de entrar para o time juvenil de futebol do Brentford, na Grande Londres, que quase nunca sai da quarta divisão.
Arranhando a gaita e o violão, passou por alguns grupos obscuros até conhecer o cantor Long John Baldry e dividir com ele os vocais em sua banda. Entre 1964 e 1967 gravou alguns singles que, para sua sorte, fracassaram.
Cantou com alguns artistas e em várias bandas efêmeras até conhecer o guitarrista Jeff Beck em um show de Jimi Hendrix em meados de 1967. Um sabia da existência do outro e assim decidiram montar o Jeff Beck Group.
Beck era o chefe, mas quem montou a banda foi Stewart, chamando os amigos Ron Wood (guitarrista que aceitou tocar baixo) e Mick Waller (baterista com cara de nerd). Foram dois anos intensos, com dois álbuns gravados, turnês estupendas e frequentes rusgas com o temperamental guitarrista.
A proposta para ser um artista solo surgiu em 1968, quando ele ainda estava com Beck. Foram algumas tentativas para produzir as primeiras gravações, até que finalmente o Jeff Beck Group implodiu em 1969.
Foi um pouco difícil, mas naquele ano ele finalizou o primeiro álbum, “The Rod Stewart Album” (na Inglaterra, o álbum se chamou “An Old Raincoat Won’t Ever Let You Down”), que só chegaria às lojas em 1970.
Mais orientado ao blues, o Faces existiu por apenas seis anos, mas foi o suficiente para que quatro bons álbuns de estúdio fossem lançados. O melhor, para mim, é “A Nod Is As Good As a Wink… to a Blind Horse” (1971), embora os demais também sejam acima da média.
Paralelamente, Rod Stewart trabalhava, desde 1969, em uma carreira solo. Aproveitou melhor ainda a boa reputação que conquistou nos Estados Unidos para se lançar por lá. O som de sua carreira solo continha os elementos das bandas que integrou, mas tinha uma pitada americana calcada tanto no folk quanto no country, em acréscimo ao hard/blues rock que praticava convencionalmente.
O resultado não poderia ser diferente: a partir do excelente “Every Picture Tells a Story” (1971), Rod Stewart virou sucesso na América e, consequentemente, no mundo. E ele conseguiu isso sem abdicar da qualidade, pois há muitas excelentes músicas nesses registros iniciais.
Ao longo de sua carreira, Rod atingiu várias vezes as paradas de sucesso, principalmente no Reino Unido, onde ele atingiu o primeiro lugar com seis álbuns e por 24 vezes ficou entre o top 10 e seis vezes na posição número 1 entre as músicas mais executadas, e 9 vezes nº 1 a nível mundial. Rod Stewart já vendeu 265 milhões de álbuns desde o início de sua carreira.
Tem hits como: “Maggie May”, “Da Ya Think I’m Sexy?”, “I Don’t Want to Talk About It”, “Sailing”, “Young Turks”, “Baby Jane”, “Have I Told You Lately”, “Tonight is The Night”, “The First Cut Is The Deepest”, “You’re in My Heart”, “Rhythm of My Heart “, “Forever Young”, “Downtown Train”, “Hot Legs”, “Passion”, “Some Guys Have All The Luck”, “Tonight I’m Yours (Don’t Hurt me)”, “People Get Ready”, “Every Beat Of My Heart”, “My Heart Can´t Tell You No” e “It’s Over”.
A voz rouca e a capacidade de interpretação de Rod Stewart compõem o seu charme, que foi trabalhado, posteriormente, na carreira orientada a gêneros mais pop. Embora jamais tenha atingido o nível de qualidade musical do início da década de 1970, a conta bancária segue no auge, já que, hoje, ele é um dos artistas que mais venderam na história da música, com 100 milhões de discos comercializados.
Por tudo isso, Rod Stewart foi o grande vocalista de rock que o estilo perdeu. Não dá para deixar de reconhecer que, mesmo no pop, ele é diferenciado.