Os Trapalhões é considerado um clássico do humor brasileiro (seja na TV ou no cinema) e seus videos são um dos mais procurados em sites como o Youtube.
No filme “Os Trapalhões no Reino da Fantásia”, o quarteto fez uma paródia bem humorada do Heavy Metal numa encenação teatral da apresentação do grupo “Heavy Traps”. Esse filme foi editado em 1985, ano da realização do primeiro Rock in Rio e aonde os headbangers (ou metaleiros para a imprensa da época) foram dominantes na mídia por exaltarem seus ídolos presentes no evento como o IRON MAIDEN, AC/DC, SCORPIONS, OZZY OSBOURNE e WHITESNAKE.
No vídeo as referências ao AC/DC são as mais óbvias, com Zacarias vestido e imitando os trejeitos de Brian Johnson, Didi tocando guitarra como Angus Young e mesmo o sino de “Hells Bells” ao final do vídeo. Assista abaixo.
CURIOSIDADE EXTRA: o vocal é de um produtor do grupo na época, Lenine. Sim, aquele Lenine.
SINOPSE DO FILME:
O filme foi uma produção em parceria realizada por Renato Aragão Produções e Estúdios Maurício de Sousa.
Como curiosidade, o filme foi gravado na cidade de Blumenau, estado de Santa Catarina.
Na trama, Irmã Maria (Xuxa Meneghel) recebe a triste notícia que por falta de dinheiro o orfanato irá fechar. E lendo um gibi tem a ideia pra realizar um espetáculo beneficente feito pelos Trapalhões pra arrecadar o pagamento da dívida.
Enquanto o show estava ocorrendo o dinheiro foi roubado, mas Irmã Maria, Dedé e Didi perseguem os bandidos (Mussum e Zacarias ficam pra continuar o espetáculo).
Durante a perseguição o trio vai até o mundo de Beto Carrero num cenário que relembra o Velho Oeste do Tio Sam.
O saudoso Beto Carrero faz o herói que ajuda a trupe a recuperar a grana roubada (temos umas cenas de ação e perseguição bem caprichadas de tão empolgantes).
Uma cena bastante interessante mostra o grupo em fotos antigas quando estavam iniciando suas carreiras. E há também uma retrospectiva de alguns filmes importantes deles.
Só pra constar, existem coisas muito surreais em todos os filmes do Trapalhões.
Uma que eu não poderia esquecer foi na parte animada feita num estilo de video game bem década de 80. O quarteto está numa cidade futurista sendo perseguidos por um bruxo com roupa rosa que deseja por algum motivo muito estranho tocar na “mão” do Didi.
Eu sinceramente, não entendi o motivo do bruxo ter um corvo azul na mão e que ainda num momento voa.
As cenas em desenho tem aproximadamente 20 minutos de duração. É muito sinistra essa parte, porque surge do nada parecendo não haver nenhuma conexão com o resto do filme.
O bruxo é dublado pelo saudoso ator José Vasconcellos que interpretou o divertido gago Sá Silva, na Escolinha do Professor Raimundo.
Outra que eu gosto demais são duas cenas hilárias: a primeira na parte musical com a banda Hevy Traps cantando a música “Hoje não é meu dia de sorte”. E a segunda no ringue de luta na qual há uma referência ao marinheiro Popeye.
Mesmo com algumas situações fora do comum o filme é diversão garantida pra quem curte o estilo de palhaçada circense que os tornaram uma sensação nacional daquela época.