A decisão dos deputados estaduais do Rio de Janeiro de trocar o nome do Maracanã de Mário Filho para Edson Arantes do Nascimento – Rei Pelé, vem gerando muita polêmica. Na última quarta-feira (11), alguns torcedores do Flamengo se reuniram na porta da Alerj, no Rio de Janeiro, com o intuito de conversar com André Ceciliano, presidente da entidade e idealizador do projeto.
Ceciliano, no entanto, evitou o encontro com os torcedores, mas recebeu Marco Aurélio Assef, pré-candidato as eleições do Flamengo, que acontecem em dezembro deste ano. Assef esteve cerca de dez minutos com o presidente da Alerj e fez questionamentos sobre o projeto.
O político disse que não voltará atrás e a decisão está nas mãos de Cláudio Castro, governador em exercício. Ele também afirmou que caso o Flamengo vença a licitação para administrar o Maracanã (ainda sem data para sair), pode colocar os “naming rights” que quiser, como por exemplo, Zico.
Insatisfeito com a situação, Assef, está articulando um encontro com o governador para debater sobre o assunto. Vale ressaltar que, Márcio Pacheco, representante do governador na Alerj, votou a favor e se mostrou um dos grandes entusiastas do projeto.
Deputado estadual no Rio de Janeiro, o tetracampeão mundial com a seleção brasileira, Bebeto, também foi a favor e classificou a homenagem como “nada mais justo”.
Nesta quinta-feira (11), em participação no jornal Bom dia Rio, da Globo, a historiadora e ex-presidente do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Kátia Bogéa, destacou que o estádio é patrimônio nacional, tombado por lei federal e em caso de alteração estadual, a situação pode ser levada para a Justiça.
Outra lei pode impedir a homenagem. Trata-se da LEI Nº 6.454 sancionada no dia 24 de outubro de 1977, que diz que é proibido, em todo território nacional, atribuir nome de pessoa viva a bem público, de qualquer natureza, pertencente à União ou às pessoas jurídicas da administração indireta.