Após mais um episódio de racismo sofrido por Vini Jr., o técnico do Real Madrid, Carlo Ancelotti, condenou o caso. A ocasião aconteceu durante a derrota da equipe frente ao Valencia, neste domingo, 21, pela 35ª rodada do Campeonato Espanhol, fora de casa, no Estádio Mestalla.
“Falei com ele durante o jogo porque o ambiente estava muito quente e muito ruim. Perguntei para ele se queria continuar. Não queria tirá-lo porque o ambiente é racista. Isso nunca aconteceu comigo. Assim não. É inadmissível que o campeonato espanhol tenha um problema que não é o Vinícius. Ele é a vítima. O que há para fazer? Você não pode jogar futebol assim”, iniciou o comandante italiano.
“Eu diria o mesmo se tivéssemos vencido. É muito sério. Eles insultam o Vinicius o tempo todo e depois o denunciam. Estou muito triste. É uma liga com grandes times, mas temos que tirar isso. Estamos em 2023. A única maneira é parar o jogo. É verdade que existe um protocolo, mas você tem que ir para casa”, complementou.
Na sequência, o comandante italiano reclamou da falta de medidas para coibir e punir os casos de racismo cometidos contra o atacante.
“Reclamações e o que aconteceu. Nada de nada. A solução é parar o jogo. Isso não pode continuar. É o jogador que mais faltas recebe e o que mais insultos recebe. Eu disse ao árbitro que ia removê-lo e ele me disse que eu tinha que continuar. Com o cartão vermelho, todo o estádio gritou com ele ‘Macaco, macaco, macaco’. Estou muito triste. Nunca aconteceu nada assim comigo. Ele é uma criança e queria continuar, mas nestas condições é muito complicado”, finalizou.
Após o término do confronto, La Liga prometeu que vai investigar o ocorrido e, para isso, solicitou “todas as imagens disponíveis para investigar o ocorrido”.
“Dados os incidentes ocorridos durante Valencia CF – Real Madrid CF no Estádio Mestalla, a LaLiga informa que solicitou todas as imagens disponíveis para investigar o ocorrido. Concluída a investigação, caso seja detectado um crime de ódio, a LaLiga passará a tomar as medidas legais cabíveis”, publico em nota.
Por fim, a instituição também diz que “apresentou uma queixa nove vezes nas últimas 2 temporadas perante o Comitê de Competições da RFEF, Comissão Estadual contra a Violência, Racismo, Xenofobia e Intolerância no Esporte, Ministério Público do Ódio e Tribunais”.